segunda-feira, 30 de julho de 2012

"North and South", agora é "Norte e Sul"

  Se alguém já sabia, me desculpe, mas me surpreendi em ver essa edição bilíngue inglês/português de "North and South" (Elizabeth Gaskell) da editora LANDMARK.
     O inglês do original é um tanto complicado para se ler, Jane Austen tem estilo e vocabulário diferente, mais suave, sem aqueles termos mais rudes falados no meio dos operários das fábricas. 
   Agora com a versão em português, dá pra conhecer melhor a obra de forma integral e não somente pela série em vídeo.
   Norte e Sul foi publicado como livro em 1855, mas já havia sido publicada inicialmente em 22 partes semanais como folhetim, na revista literária Household Words de propriedade de Charles Dickens.
  O livro é um romance social que retrata as divergências entre o norte industrializado da Inglaterra e o sul ainda rural. 
   Para a heroína Margareth Hale, o sul simbolizava a boa moral, a inocência e o decoro, enquanto o norte era violento, rude e sujo.
  É um romance que se passa em uma época marcada pela Revolução Industrial do séc. 19.
Fonte: aqui

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Jane Austen, o guarda-chuva, a chuva e os ingleses

Guarda-chuva com a estampa de Jane Austen
     Minha ideia a princípio, foi fazer todo o assunto sobre guarda-chuvas em um único post, mas achei um pouco longo. Quando publiquei o post O guarda-chuva nas obras de Jane Austen, Raquel Sallaberry  deixou um comentário sobre outras poucas passagens em que o guarda-chuva é citado nas obras de Jane Austen, entre elas, uma (que eu não me lembrava) em que o Cap. Wentworth oferece um guarda-chuva a Anne Elliot, que também me inspirou em um post, (dentro de alguns dias). Por enquanto, publico o restante do assunto. Curiosidades... Pra quem gosta das coisas da terra da rainha acho que é "legal" saber.    
     
     Apesar de Londres ter fama de chuvosa, é a cidade mais seca do Reino Unido. Acumula apenas 583 mm de chuva por ano enquanto Glasgow (capital da Escócia) chega aos 1205 mm ao ano. 
  Mas os londrinos sempre carregam os seus impecáveis guarda-chuvas... Por quê? 
     O clima no Reino Unido é muito instável. É possível que chova a qualquer hora em qualquer lugar do país, sem que os meteorologistas tenham previsto precipitações. Em Londres, apesar de chover quase todos os dias, é comum que isso não passe de uma garoa. Assim, no fim do mês, a soma da água que cai parece não fazer jus à fama da cidade. É por isso que todo bom londrino só sai de casa carregando um guarda-chuva. 
     O comércio da cidade tira proveito da situação. Dos tradicionais aos mais modernos, há opções para todos os gostos: 
     Uma das mais antigas e tradicionais fábricas de guarda-chuvas de Londres é a Swaine Adeney Brigg,
que está no mercado desde 1863 e se especializou em artigos de luxo e feitos à mão, tornando seus produtos bem salgados ao consumidor. A Briggs não vive só de guarda-chuvas e é de sua autoria o famoso chapéu utilizado por "Indiana Jones" no cinema. 
  As chuvas londrinas quase sempre são acompanhadas por vento e neste caso os guarda-chuvas feitos pela Fulton, agüentam rajadas de até 125 km/h. 
      Desde 1850 a família Smith trabalha em uma agitada rua de Londres em uma loja no estilo vitoriano que praticamente não mudou. 
   Os guarda-chuvas são feitos à mão e personalizados. O cliente pode escolher cor, modelo e ainda gravar o nome. O primeiro, ilustrando Jane Austen está a venda na Amazon. Coisa de ingleses!

Fotos e fontes:
janeausteninvermont.wordpress.com
janitesonthejames.blogspot.com.br
lulabulle.neufdecoeur.com
myprideandprejudice.com
oakthriftumbrellas.com
historynetshop.com
guiadoscuriosos.com.br
mollands.net

domingo, 22 de julho de 2012

O guarda-chuva nas obras de Jane Austen

     Depois de perceber que apesar de a Inglaterra ser um país chuvoso e que em muitas passagens nas obras de Jane Austen falou-se sobre chuva ou tempo chuvoso, nunca via ninguém utilizando guarda-chuvas... Não pode ser erro da produção. A coisa parece meio proposital. Todos pareciam ser adolescentes (preferiam ficar encharcados a carregar um guarda-chuva). Cadê aquele famoso charme inglês do guarda-chuva nos braços??? 

     Emma utiliza um modelo, mas é para proteção do sol, coisa que as mulheres já utilizavam desde meados do séc. XVII. 


     Exceção de Fanny que salvo o erro, em uma passagem tem o auxilio de alguém que lhe oferece um guarda-chuva,
     E na versão de 1995 de Persuasão, em que o Cap. Wentworth também usa um:

      






(Se alguém lembrar de outro aparecimento do guarda-chuva, me avise). Será que esse equipamento tão tipicamente inglês era algo desconhecido na época de Jane Austen??? 

      Jane foi até a casa dos Bingley caminhando (de certo que foi a mando da Sra. Bennet), mas não poderia ter levado um guarda-chuva, já que o tempo estava incerto??? Chegou pingando e resfriada. 


     Elinor vai ao encontro de Edward Ferrars com um manto sobre a cabeça pra se esconder da chuva. 
    Edward por sua vez, está sem proteção, todo molhado rachando lenha... 


    Anne Elliot (2007) também aparece se escondendo da chuva quando se encontra com o Capitão Wentworth, que por sua vez também está correndo de tal.
Mr.Elliot também entra depressa pra se proteger...
Tira o chapéu todo molhado e ainda continua com classe...
e os dois saem até encontrar a carruagem (na chuva).

Elizabeth sai correndo na chuva e atravessa uma ponte procurando abrigo...
Chega toda molhada...
e encontra Mr. Darcy, também do mesmo jeito.
    Catherine Morland e John Thorton enfrentam um tempo bem chuvoso durante um passeio "muito agradável" e nem uma carruagem com cobertura  ou guarda-chuva. 
     Marianne sai com Margareth para um passeio em um tempo "esquisito" e ninguém pegou um guarda-chuva. Ficaram todas encharcadas e isso pareceu normal. 

   Willoughby  também estava no mal tempo e encontra Marianne.











 Novamente, Marianne sai pelo tempo chuvoso e frio sem levar o bendito guarda-chuva, procurando Combe Magna. Já sabem no que deu... 












    Ah! E Coronel Brandon da mesma forma, sai como não existisse guarda-chuva. E não existia mesmo!

    Lembrando que algumas cenas na chuva colocadas nas adaptações das obras de Jane Austen não estavam exatamente assim nos livros e foram acrescentadas para criar mais emoção e romantismo (como a cena da primeira proposta de Mr. Darcy à Elizabeth) quem produziu não fugiu à verdade: o equipamento em questão, estava começando as ser comercializado justamente nessa época e era praticamente inacessível, por isso é que as heroínas de Jane Austen aparecem sempre se escondendo em algum lugar ou molhadas. 

   A origem do guarda-chuva é incerta, provavelmente na China, no séc. 11 a.C., sendo também comprovado seu uso em épocas semelhantes no Egito, Grécia e Índia, mas foi no Japão que ele foi difundido com lindos modelos e cores. 

 A princípio os guarda-chuvas não eram propriamente "guarda-chuvas", eram "guarda-sóis", pois eram utilizados para a proteção contra o sol e inicialmente foi projetado com fins religiosos. A própria palavra que deu origem ao nome em inglês "umbrella", veio da palavra de origem latina, umbra, que significa sombra e o modelo foi inspirado na copa de uma árvore, que oferece uma ótima sombra. 

    As mulheres francesas popularizaram o uso do guarda-sol durante o século XVII e XVIII, visto que a moda era uma pele branca como porcelana. Senhoras e senhoritas inglesas podiam ser vista em 1676 com guarda-sóis delicados, com rendas, eixos ósseos, brocados e alças feitas com metais preciosos e jóias. Tornou-se um item popular e imprescindível na moda do séc. XVIII. 

    Em meados do século XVIII, o filantropo Jonas Hanway foi o primeiro a usar um guarda-chuva (como o próprio nome diz) em público na Grã-Bretanha.
   Os primeiros eram feitos de seda oleada com pesadas molduras de madeira que tornava difícil o abrir e fechar quando molhados. 

   Inicialmente foi ridicularizado e tido como um acessório feminino, depois o acessório acabou por incorporar-se ao cotidiano dos britânicos, que até hoje não saem de casa sem carregar um guarda-chuva pendurado no braço e sem dúvida as intempéries do clima inglês garantiram o sucesso do equipamento. 

     Essa nova moda foi popularizada pelas casas de café, onde guarda-chuvas foram mantidos para clientes se abrigarem da chuva ao caminhar para suas carruagens. Foi durante este período que a distinção entre um guarda-sol e um guarda-chuva passou a existir. 

    Em 1930 os guarda-sóis femininos começaram a desaparecer, pois uma pele bronzeada tornou-se moda. 

   Ultimamente, tenho visto várias senhoras e até mesmo as mais moças, com suas "sombrinhas" abertas nos horários em que o sol é mais forte. Ninguém quer se arriscar a ter problemas com os raios ultravioletas e pelo jeito, parece que a moda está voltando, ou pelo menos ninguém mais se importa em ser chamado de antiquado. 
Fontes e fotos:
janeausteninvermont.wordpress.com
janitesonthejames.blogspot.com.br
lulabulle.neufdecoeur.com
myprideandprejudice.com
oakthriftumbrellas.com
historynetshop.com


quarta-feira, 18 de julho de 2012

Anne de Green Gables, a estória continua...

     A coleção dos livros com as estórias de Anne de Green Gables (Lucy Maud Montgomery), é composta de oito volumes, apesar de que a tradução para a língua portuguesa seja mesmo só do primeiro:
     Os títulos são:
  1. Anne of Green Gables
  2. Anne of Avonlea
  3. Anne of the Island
  4. Anne of Windy Poplars
  5. Anne’s House of Dreams
  6. Anne of Ingleside
  7. Rainbow Valley
  8. Rilla of Ingleside

     A sequência das aventuras de Anne narra sua adolescência e vida adulta, com o marido Gilbert e  os filhos.


     As coleções e as encadernações são um colírio... dá vontade de ter todos...
     Há também (em inglês) a coleção em DVD dividida em quatro partes:
     A obra completou 100 anos em 2008 e há várias edições e promoções comemorativas, inclusive visitas à Ilha do Príncipe Eduardo, no Canadá:
    Para compra, aqui no Brasil , acredito que só mesmo no Submarino ou pelas grandes livrarias que entregam para o exterior como a Amazon. Mas quem domina o inglês (mesmo que não seja expert, pois se trata de literatura infanto-juvenil), vale a pena. São livros premiados e excelente literatura.
Fontes e fotos:
mugglespace.com
shopatsullivan.com
mjmbecky.blogspot.com
silverzerosubsakagenoanne.blogspot.com
talismancoins.com

domingo, 15 de julho de 2012

Lucy Steele, Kitty e Lydia Bennet

"Material girl" - Lucy Steele
   Passeando pela NET, encontrei uma brincadeirinha, colocando as canções "top 10" dos personagens de Jane Austen.
   Tinha diversos e muitas músicas que eu não conhecia. As que eu mais me diverti, foram estas duas: para Lucy Steele, "Material girl" (garota materialista) e para as irmãs Bennets mais novas, "Girls just want to have fun" (garotas só querem se divertir), em uma tradução livre. Caíram como uma luva!!!
"Girls just want to have fun" - Kitty e Lydia Bennet
     Fiz dois pequenos clips pra rir um pouquinho, envolvendo as músicas e as personagens: 

     Quem quiser relembrar e ver os clipes originais:

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Jane Austen em francês e alemão

Razão e Sensibilidade em francês
     Passeando pela "livrarias da vida" me deparei com alguns "achados". Foi a primeira vez que peguei (nas mãos)  essas edições das obras em francês e alemão.
   O único de Jane Austen em francês foi "Razão e Sensibilidade":
já em alemão (desculpem, a resolução não ficou boa, sabe como é foto tirada de celular):
ao centro, uma edição bilíngue, inglês e alemão, de "Orgulho e Preconceito", 
e nos extremos, Emma e Mansfield Park, ambas completas alemão. Um charme!!!
Emma, em alemão
Mansfield Park, em alemão



segunda-feira, 9 de julho de 2012

"Quilt e Patchwork" de Jane Austen e Laura Ingalls Wilder




     "Navegando certa vez pela net, me deparei com esse site de patchwork e quilt, onde eles mostravam combinações de retalhos pra almofadas ou colchas com temas de grandes autoras. Achei FOFO demais os trabalhos relacionados com Laura Ingalls Wilder e Jane Austen , duas autoras cujas obras aprecio muito.
     As cores e padrões estão também relacionadas com o período e locais vividos: Laura Ingalls Wilder era americana e viveu durante a expansão para o oeste (1867-1957), já Jane Austen era inglesa e viveu durante o período regencial (1775-1817).
Colcha  em patchwork que Jane Austen
e sua irmã Cassandra fizeram juntas.
Uma colcha de retalhos em uma cena
inspirada na vida de Laura Ingalls Wilder.




     Algumas cominações que mais gostei:


Jane Auten
Laura Ingalls Wilder























Jane
Laura












Jane
Laura












     Quem quiser saber mais detalhes, entre aqui. O site tem também sobre Agatha Christie.
Fontes e fotos:
event.iastate.edu
jasa.net.au
prairiepoint.com